Seus dias nunca mais serão os mesmos
O Ator, Cantor e
Produtor Roberto Rowntree, encarna mais uma vez o personagem que batizou seu
nome artístico, JONE BRABO, sucesso inicialmente nas rádios AM e FM, depois
na TV.
Foi um dos ícones da transição das décadas 80 e 90 no Rio de Janeiro, O
Jone Brabo Show estreou na rádio com um formato irreverente, era um programa Underground
na essência em um ambiente cultural
que realmente fugia dos padrões comerciais.
A frente de muitas bandeiras que
hoje estão na moda, foi o primeiro a divulgar Tatuagem e Tatuadores
profissionais o que lhe renderá até uma homenagem no Tattoo Week Rio
de Janeiro 2016 o segundo maior evento deste seguimento do mundo, só é menor que
o de Nova York,
Além da
Tatuagem as competições e os atletas do MMA também tinham vez, o programa foi
um dos maiores incentivadores da modalidade que na época era chamado de Vale
Tudo.
Um Momento especial era a divulgação e a cobertura dos eventos dos
Motoclubes de todo o Brasil, tudo isso era regado ao som de muito Rock, grandes
bandas do Metal, Punk Rock Nacionais tocavam seus primeiros acordes no programa
que descobriu e lançou várias bandas, tudo isso estará de volta no espaço Rota
RJ 65 com transmissão ao vivo pela rádio Progressiva FM
http://www.progressiva.fm.br
A Progressiva FM está no Ar novamente e será palco do Programa Jone Brabo Show direto da Rota RJ 65 no Rio de Janeiro
Com a
Extinção da Fluminense FM no Rio de Janeiro o Rock viu na Progressiva FM como
seu próprio
Slogan dizia uma Rádio Livre e Diferente
De fato, a
programação da Progressiva FM foi a melhor do gênero em sua época. Era melhor
até que a Fluminense FM, nos anos que coincidiram o início da Progressiva e o
fim da Fluminense. A Progressiva tinha a vantagem da independência total, por
não ter executivos tacanhos como os que mataram a rádio niteroiense várias
vezes. A planilha da rádio era vasta e variada. A ponto de ter incluído uma
música de uma banda de rock cristão: a música Abrir os olhos, do Resgate. Apesar
do nome, a emissora não transmitia apenas música progressiva. Apresentava todos
os estilos de rock. Dos medalhões, passando por nomes indies daqui e do
exterior, bandas artisticamente relevantes, os grandes nomes do rock brasileiro
até as boas novas bandas brasileiras da época. A rádio de fato tocava todas as
boas gravações de bandas independentes que chegaram lá, muitas vezes em fitas
demo cassete.
Wladmir no comando
A rádio
tinha programas diários e programas semanais dedicados a segmentos específicos.
O mais destacado era o Artigo 5º, só com bandas independentes. O nome do
programa fazia alusão ao Artigo 5º da Constituição, que tem eu seu item IX:
IX - é
livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de
comunicação, independentemente de censura ou licença
Vários
radiodifusores de rádios autenticamente comunitárias pelo país afora usam até
hoje esse texto (especialmente a expressão independentemente de censura ou
licença) como motivo para colocarem essas emissoras no ar, mesmo na condição de
rádios piratas.
Eu ouvia
constantemente esse programa Artigo 5º. O programa era literalmente sem
censura. Jogavam ouvintes no ar ao vivo, sem fazer distinção entre os ouvintes.
Cheguei a entrar no ar ao vivo, para debater com Wladimir e os outros
integrantes do programa a compra e o arrendamento de emissoras de rádio
oficiais pelo país afora, já naquela década. Tema que surgiu numa das edições
do programa. Também entrei no ar para debater sobre o circuito de rock
independente da cidade.
Por algum
motivo ainda não esclarecido, a Progressiva FM aumentava a sua potência uma vez
por semana, exatamente no horário de 20 a 22h das quintas-feiras, que era o horário
do Artigo 5º. O sinal da rádio aumentava tanto que eu a sintonizava com sinal
local em Pilares, não com sinal raquítico como de costume. Invariavelmente o
Artigo 5º se estendia além do seu horário. Teve edição que acabou quase à
meia-noite. Era até curioso ouvir a rádio baixando a potência depois do
programa. Até o volume de som diminuía.
Para
cumprir sua função de rádio comunitária, a Progressiva FM fazia parceria com
associações de moradores do Complexo da Maré e com outras entidades que atuavam
ali. A rádio não tinha comerciais. No lugar deles, colocava campanhas e
mensagens educativas. Havia uma que recomendava explicitamente a substituição
da margarina por manteiga, por ser mais saudável.
A
Progressiva FM entrou no ar antes mesmo do fim da Fluminense FM (1994). A
Progressiva FM acabou virando, obviamente, a nova rádio rock do Rio, pra quem
podia sintoniza-la. Surgiu sem fazer propaganda. Só o barulho característico
dos rocks que transmitia. Houve uma época em que agentes da Anatel diziam que
era "questão de honra" achar e fechar a Progressiva FM. Só que não
conseguiram. A rádio saiu do ar cerca de oito anos depois de entrar no ar. Foi
extinta na mesma época em que a Rádio Cidade foi arrendada pelo projeto
"Rede Rock" da 89 FM paulistana.
Mantivemos
a Progressiva FM no ar por mais de 8 anos com recursos próprios, era a
resistência undergound no dial carioca, participamos de momentos históricos
como a tomada da reitoria da UFRJ, fomos citados em vários veículos de
comunicação como a voz do submundo, várias bandas que hoje fazem sucesso
deixaram sua fitinha demo lá.
Chegamos a
ser a nº 1 na lista da Polícia Federal para ser fechada, para a Anatel era
questão de honra lacrar a Progressiva FM, resistimos até o fim sem sair do ar,
nunca conseguiram nos pegar.
Encerramos
nossa programação no auge de audiência, com a consciência do dever cumprido.
Wladimir
Aguiar não deixou completamente o rádio, após o fim da Progressiva. Ele e
outros ativistas criaram no Complexo da Maré uma entidade comunitária que se
candidatou à concessão de uma rádio comunitária. E eles conseguiram. A Maré FM
entrou no ar há alguns anos, inicialmente em FM 105,9 MHz. As mudanças de
posições das rádios FM do Rio de Janeiro obrigaram a Maré FM a se transferir
para os 98,7 MHz, há alguns meses. A Maré FM tem uma programação popular, mas
ao que tudo indica, cumpre sua função de rádio comunitária. Até há pouco tempo,
Wladimir tinha um programa semanal de rock na Maré FM, o Rádio Palco, às 19h de
sábado, com produção de Wladimir Aguiar e Marcos Araújo.
Em 26 de
novembro do ano passado, Wladimir Aguiar divulgou o endereço da versão da
Progressiva FM para a Internet
http://www.progressiva.fm.br
Fonte: http://www.radiorj.com.br/progfm.html
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